2.7.05

Portable + tHE pRODUCERS


Já não me lembrava como é bom sair à noite. Fui com o mano até ao Lounge beber umas imperiais, onde os meus amigos Tra$h Converters (aka. Miguel e Fadigaz), estavam a pôr música. Boa conversa e gente divertida qb, as usual. O Fadigaz apresentou-nos o Alan Abrahams, trocámos ideias sobre música, África, Londres e Lisboa. Na próxima quinta-feira os rapazes vão actuar na ZDB e se tiver oportunidade vou lá dar um salto. Cometi uma gafe daquelas que toda a malta te está a avisar mas tu nada. Sorry Alan! I thought you're talkin'bout sardines not sharks! Portable Portugal Portaboy Every Song Has a Story...

Portable (ZA) O projecto de Alan Abrahams, é a mais recente edição da ~scape, com o álbum «Version». Oriundo da Cidade do Cabo e de um dos seus mais pobres e complicados bairros, as bases do seu som podem ser encontradas em alguns pontos seminais da música que o rodeou a crescer há um par de décadas atrás.A soul dos anos 80, o highlife africano, o hip hop da época, bem como os primeiros discos do house de Chicago são influências tão claras quanto absorvidas e reformuladas para um discurso próprio. Se os clicks & cuts orgânicos na linha de Sutekh lá estão, o registo de Portable destaca-se da maior parte das electrónicas ocidentais contemporâneas baseadas na fundação do house. Uma dimensão futurista (que se via tanto em Afrika Bambaataa e no seu tripado reverb cortante, como em todas as escolas teológicas nascentes dos Nubios) de África, plena de polirritmias e síncopas tanto encontradas em Fela como no mais digital dancehall contemporâneo, subvertendo o 4/4 clássico da house, mesmo que descendendo dele.Se se torce o nariz a esta descrição imaginando sobreposições «world music»-escas de mau gosto emocional e facilitismo etno, nada poderia estar mais longe do resultado. O trabalho de Portable é uma hibridização extremamente conseguida e fluida de todas estas correntes simbióticas da música africana urbana e moderna das duas últimas décadas, onde gravações de campo encaixam em polirritmia afro electrónica e calimbas parecem respirar dentro de filtros no software de um laptop.Residente em Londres desde 1997, Abrahams editou para selos como a Context e a Background Records antes de fundar a sua própria etiqueta, a Süd Electronic. Já partilhou palcos com gente como Juan Atkins, Farben ou Andy Vaz, tendo recentemente tocado nas celebrações dos 20 anos da revista britânica The Wire.+ Info:

The Producers (PT) Nome sob o qual Miguel Sá e Fernando Fadigas se apresentam como músicos, produtores e representantes da sua própria editora, Variz. A sua música é fruto do uso bem sucedido de 'soft-ware' e 'hard-ware', cruzando a linguagem dos 'blips' e 'beats' com digressões por superfície texturada, dissecações rítmicas e experiências de cisão molecular. Editaram o álbum "7/10" (Fundação Calouste Gulbenkian, 2001) e a compilação "Metrómetro" (CD, Variz, 2003) criticada na WIRE magazine - 2003 Rewind (Janeiro 2004) por Chris Sharp. Participaram ainda na compilação "Air Portugal" (CD, 00351, 2001) e "Sonic Scope 04: The Portable Edition" (CD, Grain of Sound/Fonoteca Municipal de Lisboa, 2004).+ Info: http://www.variz.org/

Quinta-feira dia 7 Julho às 23h00 Minimal_electronic_sessions: Entrada: 7.5 € zdb - galeria zé dos bois rua da barroca 59 bairro alto 1200 - lisboa portugal t.: 213430205
zdb@zedosbois.org

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Olá,

Era porreiro teres referido que o projecto Outersites v3, do Rui Gato, também vai tocar nessa noite...

Abraço.

19:42  
Blogger KINGSCARBINE said...

Ok,

Outersites v3 (PT)
O bom filho à casa torna. Apesar do projecto Outersites, criado pelo músico e sound designer Rui Gato, ter sido desenvolvido no âmbito da bienal Experimenta Design 2001, foi numa numa série de quatro actuações apresentadas ao vivo na Galeria Zé dos Bois, no Bairro Alto, Lisboa em julho de 2001 que se deu a conhecer. Em março de 2002, este conceito conhecia nova evolução, com a versão 2 (Outersites v2), estando Rui Gato já acompanhado pelo videasta Tiago Martins. O projecto embarca então numa série de actuações, começando em Torres Vedras, e percorrendo algumas cidades do país, como Lisboa, Évora e Porto, e vários locais como o bar Op Art, os fórum das FNAC Colombo e Chiado, o espaço Maus Hábitos e o Alcântara Mar, entre outros. Esta mini-digressão serviu também para apresentar a compilação ‘Volun’, editada pelo selo lisboeta mono¨cromatica onde o projecto Outersites contribui com um tema.
Esta nova versão sonora de Outersites, rebaptizada para v3, passou já este ano pelo Teatro-Cine (Torres Vedras), onde foi apresentada e gravada para posterior edição em DVD, Festival BRG2005 (Braga) e pelo palco da Red Bull Music Academy, no Sónar 2005 (Barcelona), colhendo fortes aplausos por entre a manifestação de curiosidade à volta das construções sonoras apresentadas.
O regresso à ZDB, volvidos quatro anos, será concerteza um momento especial para o projecto.

+ Info: http://www.monocromatica.com

10:36  
Anonymous Anónimo said...

:)

thx

11:03  

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