Sobre Glaciares
Escrevo o meu mundo e o meu mundo muda
E as mudanças do meu mundo mudam-me
Enquanto escrevo as mudanças do meu mundo.
Respiro o fôlego do poeta,
Que é admirável, amargo e imaculado
Mas,
Não tão esplêndido nem imperativo nem místico
Ou,
Oh da Natureza como um glaciar,
No entanto é bom e fresco,
Como uma manhã azul clara.
Agora toma um barco como exemplo, um barco pequeno,
Um barco de pescador é o céu da truta,
Este cambaleante mundo acima, é uma golada cavernosa
Do contador de estórias a agarrar a gula,
i.e. A Morte (a verdadeira).
O Salmão de Chinook (Oncorhynchus Tshawytscha),
Não se preocupa se Magalhães perdeu a fé no estreito,
Consegues imaginar?
Eles migram,
Alguns desovam, poucos põem ovos
Todos morrem,
São ignorantes (ou sabiamente ignoram),
Se a vida e patas de urso ou DeuS (se fôr um glaciar),
Precedeu a etimologia e a filologia,
Outros espalham o seu vagaroso turpor
Fechando portas a projetos grandiosos (isto é, Glaciares).
Conhecemo-nos [um ao outro] por sinais ligados
Sem rostos ou expressão, pura personalidade
Vomitando o verbo,
A nossa anatomia é um vocabulário.
Rarefacção? Comi-a ao pequeno-almoço.
A fortitude, como um peixe, também salta
Do mar para anéis-de-fogo ardentes.
1 Comments:
Com a idade, começo a ter alguma dificuldade em perceber se as coisas nem sempre acontecem pela ordem certa ou se simplesmente as coisas certas não acontecem. Percorrem-me constantemente arrepios... mas já não é de frio!
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