Crónicas de Rennes 2
Directamente da capital bretã, Pedro Pereira volta à carga com mais umas evangélicas estórias sobre as verdades da vida.
Pasto
Era uma vez uma linda vaquinha que andava a procura de um boi. Procurou, procurou e como não encontrou decidiu ir para puta (claro !). Depois de alguns anos de exercicio de uma profissão que na realidade a preenchia (!), decidiu voltar a vaca. Foi então que um dia, enquanto ruminava descansada no seu pasto ela viu passar um chulo. Tentando apurar a visão que na altura começava a faltar-lhe, concluiu que aquilo que via não era um chulo, mas sim o boi que, anos antes, poderia ter feito as delícias da sua vida. Decidiu então voltar para puta (outra vez ?). Depois de repetidas vezes ter andado neste vai e vem do «fode rumina» (rumina era o seu nome), a vaquinha, já muito cansadinha, decidiu arrumar as botas. Já não queria mudar mais de vida. E foi assim que, até ao fim dos seus dias, ela continuou a ser uma puta de vaca. Fim.
Cavalinho
Cavalinho
Era uma vez um lindo cavalinho que não sabia cavalgar. Andava andava, mas cavalgar não cavalgava. Decidiu então ir para… para… isso mesmo: decidiu ir para puta. Anos mais tarde e depois de muito cavalgar o cavalinho já não sabia como andar. Tinha as patitas arqueadas. Conclui então que mais vale cavalgar do que andar sem levar com ele. E foi assim que durante toda a sua vida o cavalinho cavalgou sem nunca se cansar. Dizia ele que quem cavalga por gosto não cansa. Isque sim, isque sim.
Culinária
Culinária
Era uma vez uma linda cozinheirinha que cuzinhava cuzinhava e nem se colocava a questão de saber se cuzinhava com «u» ou se cozinhava com «o». Depois de muito ter cuozinhado com a letra que viesse à rede e sem conseguir apurar a receitazita que há anus lhe andava na cabeça, decidiu ir para puta. A partir desse dia, a linda cuzinheirinha deixou de ter dúvidas. Só cuzinharia com «u». Já não queria nada com o co. Só queria com o cu.
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